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Tratamento ondas de choque de baixa Intensidade na disfunção erétil

HPA Magazine 21 // 2024

“Isto nunca me aconteceu antes!”
Esta pode ser encarada como uma das mais usuais respostas dadas à constrangedora situação na qual o homem é assombrado pelo “fantasma” da disfunção eréctil. Mais do que um infortúnio, a impotência envolve valores culturais referentes às expectativas dos comportamentos sexuais de homens e mulheres.
Somente no final deste século começaram a surgir soluções farmacológicas, como: Viagra®, Uprima®, Cialis® e Levitra® que se tornaram muito importantes no combate à disfunção eréctil. Porém, ao mesmo tempo em que matou o “x” da questão, essas medicações afetaram as práticas de jovens e idosos. 
Destes “efeitos secundários”, surgiram cada vez mais casos que provam que a incapacidade em conseguir completar a relação íntima resulta em medo, diminuição de autoconfiança, perda de autoestima e depressão. O poder instantâneo do remédio, em alguns casos, tende a afastar o afeto e a preocupação com a saúde no alcance de uma “invejável” performance sexual.


Tratamento ondas de choque de baixa Intensidade Na disfunção erétil


 

Desmistificando o “fantasma”…
Observou-se num estudo epidemiológico realizado em Portugal, que a prevalência global de qualquer tipo de disfunção sexual atingia 23.9% da população masculina, entre os 18 e os 75 anos. Destes, cerca de 13% apresentavam algum grau de perda da capacidade erétil. 
Sendo a disfunção erétil uma patologia muito frequente, é necessário que olhemos para esta condição pelo prisma da normalização e resolução do problema, como todas as outras afeções e nunca como motivo de exclusão e discriminação.
Segundo o 4º International Consultation on Sexual Medicine, realizado em 2015, a disfunção erétil define-se como “a incapacidade constante ou recorrente de obter ou manter uma ereção peniana capaz de atingir satisfação sexual”.
Previamente considerada uma doença psicológica, hoje em dia reconhece-se esta patologia como resultado tanto de fatores biológicos, como psicológicos e psiquiátricos, socioculturais, patológicos e também como possível consequência do uso de certas terapias e drogas recreativas.
Uma das causas da disfunção erétil é a doença de Peyronie, cuja manifestação é o desenvolvimento de tecido cicatricial dentro do pénis, resultando em ereções curvadas e muitas vezes dolorosas, causadoras da disfunção erétil.
A causa da doença de Peyronie não é completamente conhecida, no entanto, existem alguns fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de tecido cicatricial à volta do pénis, como fatores biológicos, patológicos, ou, dos mais frequentes, algum trauma ocorrido no pénis, proveniente de um ato sexual. 

O tratamento…
O aparecimento do tratamento de ondas de choque de baixa intensidade veio trazer grande esperança no que toca à resolução da disfunção eréctil e da doença do Peyronie. Este novo e inovador tratamento visa restabelecer o mecanismo erétil, de modo que os homens tenham a possibilidade de ter ereções sem ajuda de medicação, permitindo mesmo a cura desta disfunção.
Deste modo, atendendo a estes resultados, o tratamento de ondas de choque de baixa intensidade, é considerado nas guidelines da Associação Europeia de Urologia, como uma terapêutica de primeira linha no tratamento da disfunção eréctil.
 

Como funciona o tratamento?
As ondas de choque de baixa intensidade são ondas sonoras que promovem microtraumas locais originando a criação de novos vasos sanguíneos como consequência desses microtraumas. Estes promovem o aporte de proteínas nessa região, o que estimula a formação de novos vasos sanguíneos (neovascularização), a partir da rede de capilares preexistentes, melhorando assim, a ereção e a rigidez peniana.
A terapia por ondas de choque devolve as ereções espontâneas, recupera o tecido erétil dos corpos cavernosos e não interage com outros medicamentos. Os resultados do tratamento são atingidos de forma gradual, onde é necessária a confiança do paciente tanto nos profissionais de saúde, como na eficácia do tratamento. A paciência, a resiliência, a assiduidade aos tratamentos e o compromisso de seguir todas as indicações terapêuticas propostas pelo médico e enfermeiro, são determinantes para os resultados e o sucesso desta intervenção. Partilhamos a opinião de alguns pacientes que terminaram o tratamento com sucesso, relativamente ao tratamento e à equipa que os acompanhou:
“Tenho 70 anos e fui diagnosticado com a doença de Peyronie. Fiz tratamento de ondas de choque de baixa intensidade. Fiz 10 sessões, com o enfermeiro Renato Gonçalves no HPA e o resultado ficou acima das minhas expectativas.”
“Acabei de fazer um tratamento de 5 sessões de ondas de choque e senti logo uma melhoria depois do 3º tratamento. Neste momento sinto-me normal como quando era jovem, os enfermeiros Renato e Francisco, são excelentes pessoas, sabem como falar com os pacientes, e colocam à vontade os mesmos. Fiquei satisfeito com o tratamento e sem dúvida recomendo.”
 “Tenho 46 anos, sofro de disfunção eréctil e realizei o tratamento com os enfermeiros Renato e Francisco, o qual funcionou na perfeição. É um tratamento que não provoca dor. Fui muito bem tratado e foram-me explicados os vários processos ao longo do tratamento.”
Em suma, a sexualidade é um aspeto central na vida do ser humano, sendo um parâmetro relevante na avaliação da qualidade de vida.
A disfunção erétil e a doença de Peyronie estão diretamente ligadas à sexualidade, podendo ter um efeito negativo na saúde em geral, dado que a incapacidade em conseguir completar a relação íntima resulta em medo, diminuição de autoconfiança, perda de autoestima, e depressão. Conseguimos afirmar que este tratamento é sem dúvida a melhor solução para um problema que afecta mais de 150 milhões de homens em todo mundo, onde muitas vezes a principal dificuldade é dar o primeiro passo para realizar o tratamento. 
As ondas de choque de baixa intensidade para a disfunção erétil são realizadas no Grupo HPA Saúde, no Hospital de Gambelas. O tratamento pode ser agendado através do e-mail examesespeciaishpaf@grupohpa.com ou através do número 967 178 009 (dias úteis das 9h às 18h).  Após o agendamento, é realizada uma consulta com o médico urologista de referência, que avalia o paciente e prescreve o tratamento indicado. Este é realizado semanalmente e cada sessão tem a duração de 30 a 40 minutos. Não é invasivo, é indolor e não requere qualquer tipo de preparação, sedação ou anestesia.